Conheça 4 hábitos modernos que
podem causar sérios riscos à saúde e aprenda a minimizar os seus
efeitos
Por Cristina Nabuco / Conteúdo do site NOVA
Ficar horas no celular, varar a noite
no computador, consumir muitos alimentos em embalagem plástica...
Esses hábitos modernos escondem riscos à saúde. Aprenda agora a se
proteger!
Viciada em computador
Você é daquelas que passam dia e
noite em frente ao computador? A luz emitida pelo monitor, assim como
pela tela da TV, afeta a produção de melatonina, hormônio que
induz ao sono. "Como o descanso noturno é essencial para
restaurar a energia, dormir mal reduz a concentração, causando
déficits de memória e alterações de humor, além de sonolência
diurna", diz a psicóloga Gema Galgani Duarte, da Unicamp, no
interior de São Paulo.
O excesso de horas em frente à tela
do computador também prejudica os olhos. "Eles ficam ressecados
porque, quando estamos concentrados, piscamos com menor frequência",
esclarece a oftalmologista Rosana Pires da Cunha, da Universidade
Federal de São Paulo. A luminosidade piora o quadro. A "síndrome
da visão do usuário de computador" se caracteriza por fadiga
visual, dificuldade de focar, visão embaçada, coceira e irritação.
Dicas:
· A cada hora de uso, faça uma
breve pausa de cinco minutos: feche os olhos e espreguice, alongando
a coluna.
· Se o computador ficar no seu quarto, desligue o
monior quando for dormir para não atrapalhar o sono.
· Se
você trabalha muito tempo diante da tela, deve usar colírio
lubrificante com indicação médica.
Enclausurada pelo ar condicionado
Já reparou que o shopping fica mais
cheio em dias quentes? O ar condicionado é o melhor refúgio para
aliviar o calor. Porém, segundo o alergologista Gustavo Graundez, da
Faculdade de Medicina da USP, a baixa qualidade do ar em locais
climatizados aumenta a ocorrência de problemas respiratórios em
30%. A falta de limpeza dos aparelhos cria o ambiente ideal para a
proliferação de fungos, ácaros e germes, o que causa dor de
cabeça, congestão nasal, garganta irritada e baixa concentração.
Além disso, o aparelho - que retira
umidade do ar - resseca o muco, prejudicando os alérgicos. Por isso,
o ar condicionado contribui para a piora de gripes, resfriados,
amigdalite, sinusite, bronquite, asma e pneumonia.
Dicas:
· Em
casa, não deixe o ar ligado o tempo todo e siga a recomendação de
limpeza do fabricante.
· Se sua mesa de trabalho for colada a
uma saída de ar condicionado, tente mudar de lugar ou deixe um
agasalho na gaveta para nunca passar frio.
· Mantenha a
temperatura entre 20 e 22 ºC.
· Prefira usar fones de ouvido, ao
falar no celular.
Refém do celular
Se você consegue sair de casa sem
bolsa, mas não sem o aparelho, talvez sofra de nomofobia (ou medo de
ficar sem o celular). O termo se aplica a dependentes de qualquer
tecnologia que nos mantém conectados, diz o psicólogo Cristiano
de Abreu, do Hospital das Clínicas de São Paulo. E, pasme, a falta
do aparelho pode ser mais estressante que terminar um namoro!
Os
sintomas de que essa relação passou do limite são: preocupação
excessiva com o celular e o costume de interromper tudo para
responder à chamada. Ainda que você não exagere, o uso constante
pode causar stress e atrapalhar a concentração. Isso sem contar os
possíveis (e controversos) efeitos da radiação. Se por um lado os
fabricantes garantem respeitar os limites estabelecidos pela
Organização Mundial da Saúde, por outro, os críticos argumentam
que as consequências da nova tecnologia só serão conhecidas no
futuro.
Dicas:
· Evite encostar o
aparelho na cabeça. Prefira os fones de ouvido e viva voz.
·
Leve o aparelho na bolsa, não no bolso.
· Não utilize o
celular no elevador ou dentro do carro, pois a radiação tende a se
concentrar. Nem fale com o sinal fraco.
· Não durma com o
celular perto de você.
Embalada em plástico
O hábito de congelar comida em potes
de plástico e esquentá-la no micro-ondas pode fazer mal. Isso
porque o composto bisfenol (ou BPA), usado na produção desse
material, está sob suspeita. Em altas doses no corpo, age como o
estrogênio e pode causar infertilidade, câncer de mama e danos ao
fígado.
No Brasil, o composto é tolerado até o limite de
0,06 miligrama por quilo de peso corporal. No entanto, a Sociedade
Brasileira de Endocrinologia e Metabologia organizou uma campanha de
conscientização. "Nosso princípio é a precaução, já que
há evidências de que essas substâncias causam mal ao ser humano e
ao meio ambiente, inclusive em baixa quantidade", informa a
vice-presidente da entidade, Marise Lazaretti Castro.
Dicas:
·
Prefira vasilhas de vidro ou cerâmica para esquentar as bebidas e os
alimentos.
· Lave os utensílios de plástico na mão e
descarte os que estiverem lascados ou arranhados.